União Europeia estuda novas formas de descarte para manter uso da fibra de carbono em carros e reduzir impacto ambiental
Após um projeto da União Europeia de banir o uso da fibra de carbono em carros a partir de 2029, o bloco voltou atrás. Após pressão de diversos setores, o Parlamento Europeu confirmou a remoção da fibra de carbono da lista de materiais perigosos no documento chamado de EOLVD.
A Diretiva de Veículos em Fim de Vida, em português, é a lei que define quando certos materiais têm que ser evitados pelas montadoras, a fim de melhorar a sustentabilidade do negócio. Com a alteração proposta, a fibra de carbono seria proibida em países como França e Alemanha e outros 25.

Um dos motivos é que, quando largadas em pátios ou ferro-velhos, por exemplo, as fibras podem se degradar, tornando-se poeira condutiva que causa curtos-circuitos em máquinas industriais. Em níveis muito mais baixos que o amianto, a fibra de carbono também pode representar riscos se inaladas ou em contato com a pele.
Fornecedores preocupados
A indústria automotiva é responsável por cerca de 20% da produção de fibra de carbono no mundo. O material se destaca por altíssima resistência e baixo peso, sendo ideal para aplicações como foguetes e carros de corrida. Nos últimos anos, a fibra também vêm sendo usada para decoração em carros de luxo.
Com a intenção da União Europeia anunciada, as indústrias japonesas — líderes do setor — se reuniram com o parlamento do bloco e buscaram conciliação. O Parlamento Europeu confirmou ao Motor1 Italia que o banimento foi desconsiderado. A ideia agora é desenvolver métodos adequados de descarte da peças em fibra de carbono em sucatas.
Outras possibilidades alternativas sustentáveis, como compósitos de fibras naturais derivadas do linho, utilizadas até na Fórmula E.